quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Atividade de pesquisa para a turma do 2 N07

Agora depois de discutido e conceituado o Regionalismo brasileiro, suas características, suas tendências, navegue pela web e pesquise textos que podem ser caracterizados como regionalistas. Texto consagrados, textos atuais que você entenda como regionalista.

Para essa pesquisa alguns sites são interessantes:

http://www.revista.agulha.nom.br/poesia.html

http://www.portrasdasletras.com.br

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias

Postem aquilo que considerarem correspondente ao enuciado.

Boa pesquisa.
Deleitem-se.

Lembrem-se de que a literatura existe, antes de tudo, para dar prazer.

Autores Literários Negros





Durante muito tempo restringiu-se o estudo da Literatura apenas focando nos grandes “cânones”. Entretanto, hoje percebemos um “forte” movimento que se preocupa em valorizar e reconhecer escritores “anônimos” ou que vivem na “periferia” da crítica brasileira.
Quando pensamos em literatura afro-brasileira, a primeira idéia que nos vem à cabeça é que esta é uma literatura feita com o propósito de promover uma defesa e valorização da cultura negra do Brasil. Seja mostrando as religiões, as comidas, danças e cantos de um povo, seja denunciando o racismo e a violência contra a comunidade negra em nosso país.
Grande parte do material que foi ou é produzido no Brasil segue esta linha. Uma literatura competente de denúncia e valorização do negro, mas sem deixar de ser uma literatura convencional. Uma arte que ainda não conseguiu se desvencilhar da herança européia, principal denúncia feita pelo poeta e crítico Arnaldo Xavier em seus ensaios.
A trajetória da figuração dos negros dentro da literatura brasileira segue de alguma forma, o mesmo percurso dos negros dentro da própria história da formação de nossa sociedade. Durante um grande período da literatura brasileira são representados de forma estereotipada e destituídos de individualidades, como o “escravo fiel”, o “Pai João” ou a “mulata assanhada”, meros objetos na mão dos poderosos. Figurações que por muitos anos, mesmo depois de abolida a escravidão, permanecem sendo encontradas em diversas obras, ainda que com novos formatos.
Estas representações preconceituosas só existem, pois quem escreve, ou detém a voz, não é o negro e sim o branco, principal beneficiado pelo sistema escravista, e um cidadão brasileiro, ao contrário do negro que é apenas mercadoria. Presencia-se aí, portanto, uma visão distanciada da situação do negro, indiciando desta forma ideologias da estética branca dominante. Exemplos em nosso corpus literário não faltam. Desde a Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, que apresenta uma escrava nobre que a base de muito sofrimento e humilhação consegue vencer na vida por força de seu branqueamento, ou o belo mulato de olhos azuis do romance O Mulato, de Aluísio Azevedo
Um levantamento superficial na produção negra brasileira nos mostra o amplo predomínio da poesia e quase absoluta ausência de romances. Para Oswaldo de Camargo, isso se explica pela maior dificuldade que se tem para produzir um romance, que depende de ócio e tempo para pesquisa e reflexão, fatores estes que sempre foram negados ao negro.
Os autores afro-brasileiros que se destacam por manifestarem um maior apuro poético são Oswaldo de Camargo, Adão Ventura, Geni Guimarães, Éle Semog, Miriam Alves, Cuti, Oliveira Silveira, Ronald Augusto, Ricardo Aleixo, Edmilson de Almeida e Arnaldo Xavier, sendo este último o mais radical, ou transnegressor, termo que o próprio poeta criou para apresentar sua obra.

ATIVIDADE

1) Leia o texto e acesse o “site” abaixo.

http://www.quilombhoje.com.br

2) Explore o ambiente e ouça a declamação (áudio) de poesias de escritores negros. Em sequência, escolha algumas poesias e identifique a “temática”, “o contexto” e a “relação entre as mesmas”.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Regionalismo

Retirantes - Portinari


Regionalismo
é o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região geográfica, decorrentes da cultura lá existente. Uma de suas principais expressões é o dialeto.
Devido ao fato de a povoação do Brasil ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro,interior gaúcho, por exemplo), o traço cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto incorporou diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a diferentes dialetos, diferentes modos de expressar ou representar uma mesma idéia ou história, um mesmo sentimento ou conceito.

Ao longo do século XIX, surgem escritores voltados à produção de obras saudosistas, que se propõem a realizar uma retomada romântica do Brasil dos séculos XVI, XVII e XVIII.

Por conta disto, costuma-se estudar o regionalismo a partir dos romances coloniais de José de Alencar e das poesias indianistas de Gonçalves Dias, que no século XIX nascem daquela aspiração patriótica de fundar a nobreza do país em um passado mítico. Esta aspiração põe o regional acima do nacional, e esta pode ser a definição mais simples e eficiente a respeito do que vem a ser o sentimento regionalista. São obras simbólicas dessa época O Gaúcho e O Sertanejo, ambas de José de Alencar.

No começo do século XX a matéria rural voltou a ser tomada a sério, assumida nos seus precisos contornos físicos e sociais dentro de uma concepção mimética de prosa. É o caso do regionalismo de Valdomiro Silveira e de Simões Lopes Neto, que resultou de um aproveitamento literário das matrizes regionais.

1) Assista o vídeo "Regionalismo" aqui no blog. Poste seu "comentário".

2) Aprofunde seus estudos navegando através dos "links" constantes no texto.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

INTERPRETAÇÃO LITERÁRIA

Navio Negreiro

Castro Alves

'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................

Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.

II


Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!

O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...


ATIVIDADE

1) LEIA O POEMA E ASSISTA O VÍDEO "NAVIO NEGREIRO". POSTE SUA REFLEXÃO EM "COMENTÁRIOS" SOBRE AS IDÉIAS APRESENTADAS NOS DOIS PORTADORES TEXTUAIS.

domingo, 15 de novembro de 2009

Indicação de Leitura para a turma do 2° M04


Mito africano da criação do mundo

Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxalá. Logo em seguida, criou um outro orixá que possuía o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar o universo.

Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a serviço de Olorun, cada um com uma função determinada para executar os planos divinos.

Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós.

Olorun confiou à Oxalá a missão de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessários para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaça contendo todo axé que seria utilizado.

Oxalá, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessário fazer as oferendas a Exú.

Exú, vendo que Oxalá partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a missão não seria cumprida, pois, mesmo com a cabaça e toda a força do mundo, sem a sua ajuda não conseguiria chegar ao local indicado por Olorun.

A caminhada era longa e difícil, e Oxalá começou a sentir sede, mas, devido à importância de sua missão, não podia se dar ao luxo de parar para beber água. Não aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio interrompeu a sua jornada. Mais à frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram leite de cabra para saciar sua sede, que também foi recusado.

Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo à sua frente, Oxalá, já delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o líquido que saía de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida, desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo.

Exú avisou Nanan que Oxalá não havia feito as oferendas propiciatórias, por isso não terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra própria, resolveu consultar um babalawô para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma série de coisas que ela deveria oferecer, entre elas um camaleão, uma pomba, uma galinha com cinco dedos e uma corrente com nove elos. Exú aceitou tudo, mas só ficou com a corrente, devolvendo o restante à Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifícios foram realizados, até que Olorun a chamou para procurar Oxalá, que havia esquecido o saco da criação com o qual criaria a Terra. Nanan, após terminar suas oferendas, foi atrás de Oxalá, encontrando-o desacordado próximo ao local onde deveria chegar.

Ao saber que Oxalá havia falhado em sua missão, Olorun ordenou que a própria Nanan prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixás. E assim foi feito. Nanan pegou o saco da criação e o entregou à pomba, para que voasse em círculo. A galinha com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e, finalmente, o camaleão arrastou-se vagarosamente, para compactá-la e torná-la firme.

Quando Oxalá acordou, viu que a Terra já havia sido criada, e não o fora por ele. Desesperado, correu até Olorun, que o advertiu duramente por não ter reverenciado Exú antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxalá, arrependido, implorou perdão. Olorun, sempre magnânimo, deu-lhe uma nova e importantíssima tarefa, que seria a de criar todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele não poderia falhar!

Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxalá modelou todos os seres, e, insuflando-lhes seu hálito sagrado, deu-lhes a vida.

Desta forma, Nanan e Oxalá desempenharam tarefas igualmente importantes, juntamente com a valiosa ajuda de todos os orixás, que possibilitaram o surgimento deste novo e maravilhoso mundo em que vivemos.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pesquisa Orientada 11/11/2009



Morte e Vida Severina - de João Cabral de Melo Neto - é um retato do sertão nordestino em verso. E representa tão intensamente o nordeste exatamente por conta do verso.

Assista os trechos do filme baseado nessa obra observando questões como contexto histórico, cultural, aspectos geográficos, climáticos.

Depois da apreciação escreva comentários sobre suas impressões.

TROVADORISMO





Trovadorismo

É a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galaico-português possuiu características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados. A palavra trovadorismo origina-se do termo trovador, nome dado ao da época que além de escrever o poema também compunha a música que o acompanhava .

Os trovadores medievais escreviam em pergaminhos, como por exemplo o pergaminho Vindel.

Trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as acompanhavam, e cantigas são as poesias cantadas. A designação "trovador" aplicava-se aos autores de origem nobre, sendo que os autores de origem vilã tinham o nome de jogral, termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos trovadores interpretasse igualmente as suas próprias composições.

Classificação das cantigas

Com base na maioria das cantigas reunidas nos cancioneiros, podemos classificá-las da seguinte forma:

· Gênero lírico ( Cantigas de amor; Cantigas de amigo)

· Gênero satírico( Cantigas de escárnio; Cantigas de maldizer)


Caracteristicas:

O dialeto gálico português era a língua utilizada pelos trovadores as cantiga s eram poemas feitos para serem cantados .

CANTIGA DE AMOR

"Como morreu quem nunca amar

Se fez pela coisa que mais amou ,

E quando dela receou

Sofreu ,morrendo de pesar

Ai,minha senhora ,assim morro eu".(...)

CANTIGA DE AMIGO

"Se sabedes do meu amigo,

Aquele que mentiu do que pois comigo ?

Ai Deus e que?

Se sabes novas do meu amado ,

Aquel que mentio do que m a jurado?

Ai, Deus e que?

Vos perguntades por vos amigo ?"(...)


ATIVIDADE

1) Busque na web as características que defina os diferentes tipos de cantigas .Publique sua pesquisa em “comentários” .